Portas fechadas, sem janelas ou vitrines. Na fachada de um casarão histórico, apenas o número 878 em uma placa discreta. Um segurança cede passagem e, um passo adiante, um templo da noite de Buenos Aires: o Bar 878. Há pouco mais de uma década, o casal Julián Diaz e Florencia Capella comanda a casa e, mais que isso, é protagonista da história gastronômica argentina.
Tudo começou com um bar anônimo tendo Florencia, designer gráfico e autora de livros infantis, no caixa, e seu companheiro Julián, bartender e sommelier, no balcão. Hoje, são 400 metros quadrados de bar, com uma equipe de 30 funcionários e nada menos que 10 mil clientes por mês. Paredes de tijolo à vista e balcões de cimento ficam em segundo plano diante das garrafas e utensílios de cozinha expostos no salão. A iluminação começa mais clara e, no avançar da noite, vai ficando mais fraca, à medida que a música aumenta um pouco o volume.
Os coquetéis servidos no 878 são simplesmente incríveis. Nós provamos o clássico Spritz Portenho, feito com aperol, espumante, soda e vermouth; e um Carpusa, à base de carpano dry, Saint Germain e espumante. Apesar de pratos super convidativos para o jantar, optamos por porções menores para manter o espírito de bar.
Compartilhamos almôndegas de carne de porco e de novilho com molho de tomate natural e uma deliciosa carne, o ojo de bife, servido com chipa. E a sobremesa… hummm! Foi simplesmente a melhor que aprovamos até agora em Buenos Aires: chocolate cremoso com frutas vermelhas e sorvete de creme. Cada banqueta no balcão e as mesas do bar são disputadíssimas. Portanto, vale fazer reserva com antecedência.
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